O ENSINO DO ESPANHOL NO BRASIL
Um processo de globalização e integração.
No atual contexto, em que os tratados econômicos, políticos e culturais são assinados entre o Brasil e os paises da América Latina, as palavras de ordem que estão na boca e povoam as manchetes dos meios de comunicação são globalização e integração.
O conhecimento das línguas estrangeiras no Brasil torna-se imprescindível na formação mais completa do cidadão brasileiro do futuro, propiciando-lhe novas perspectivas de trabalho e laser. Além disso, a aprendizagem de línguas pode e deve contribuir para a conscientização do aluno, o futuro cidadão, quanto a sua identidade tanto individual como nacional.
O conhecimento das línguas estrangeiras no Brasil torna-se imprescindível na formação mais completa do cidadão brasileiro do futuro, propiciando-lhe novas perspectivas de trabalho e laser. Além disso, a aprendizagem de línguas pode e deve contribuir para a conscientização do aluno, o futuro cidadão, quanto a sua identidade tanto individual como nacional.
Espanhol + português = "portunhol" ou "espaguês"?
Diante desta realidade, inserida num contexto maior de transformações sociais, os professores de espanhol no Brasil devem enfrentar uma tarefa gigantesca e urgente. Entretanto, apesar dessa urgência, precisamos refletir.
É inadiadiável refletirmos sobre a formação rápida e adequada dos professores de espanhol e também sobre as especificidades de ensinar uma língua estrangeira que é tão semelhante à portuguesa, e ao mesmo tempo, é uma outra língua, é uma língua estrangeira.
Também, é o momento de ver com toda clareza o fato de que para o aluno brasileiro, aprender o espanhol é uma tarefa bem diferente à de aprender inglês, ruso, alemão, francês, etc.
Todos sabemos, nem que esse conhecimento seja só intuitivo para alguns, que o português e o espanhol são línguas próximas. O ensino-aprendizagem do espanhol no Brasil parece ser uma tarefa bastante fácil porem o resultado das atitudes baseadas nessa crença ingênua é o tristemente conhecido como "portunhol".
É inadiadiável refletirmos sobre a formação rápida e adequada dos professores de espanhol e também sobre as especificidades de ensinar uma língua estrangeira que é tão semelhante à portuguesa, e ao mesmo tempo, é uma outra língua, é uma língua estrangeira.
Também, é o momento de ver com toda clareza o fato de que para o aluno brasileiro, aprender o espanhol é uma tarefa bem diferente à de aprender inglês, ruso, alemão, francês, etc.
Todos sabemos, nem que esse conhecimento seja só intuitivo para alguns, que o português e o espanhol são línguas próximas. O ensino-aprendizagem do espanhol no Brasil parece ser uma tarefa bastante fácil porem o resultado das atitudes baseadas nessa crença ingênua é o tristemente conhecido como "portunhol".
Em um trabalho de investigação de uma professora brasileira chamou nossa atenção as perguntas a seguir:
Será a solução adquirir mais dicionários de falsos cognatos, expressões idiomáticas, regionalismos, frases feitas...? Será suficiente dar a nossos alunos listas de equivalências em espanhol e português dos diversos "héteros": heterotônicos, heterogenéricos e heterossemánticos? Bastará, também, corrigir pronúncias?
Será a solução adquirir mais dicionários de falsos cognatos, expressões idiomáticas, regionalismos, frases feitas...? Será suficiente dar a nossos alunos listas de equivalências em espanhol e português dos diversos "héteros": heterotônicos, heterogenéricos e heterossemánticos? Bastará, também, corrigir pronúncias?
Dando resposta a estas perguntas, acrescentamos, claro, trabalhos com textos "autênticos": afinal, o enfoque metodológico é comunicativo...
Por tras desses procedimentos encontra-se a idéia ingênua de que uma língua não passa de uma coleção de etiquetas que são os nomes das coisas e que bastaria memorizá-las, como memorizar também uma boa dose de desagradáveis tabelas de verbos irregulares para passar diretamente à compreensão e produção de textos escritos e orais, ou seja, ao domínio da língua que nossos alunos estão aprendendo.
Sabemos que uma língua é muito mais que léxico, estruturas e uma bonita pronúncia. E o falante de uma língua -como também o aluno que aprende uma língua estrangeira, o aprendiz de falante- é muito mais que um aparelhinho que emite e recebe informações.
Uma língua encerra em sí mesma a história do seu povo, suas tradições, as características culturais de uma comunidade. Assim, o ensino de uma língua estrangeira tem que passar, necessariamente, pelo conhecimento da cultura.
No caso do ensino de línguas tão próximas tipologicamente como o espanhol e o português, existe a sensação de extrema facilidade. Não queremos dizer com isso que o ensino-aprendizagem de espanhol para brasileiros seja uma tarefa monstruosamente difícil, mas entendemos que um professor preparado para essa situação específica é aquele profissional que tem, entre outras qualidades comuns exigidas de um professor, uma consciência lingüística do idioma que está ensinando e da língua materna dos seus alunos, e que, portanto, conhece a estrutura e o funcionamento de ambas as línguas.
Por tras desses procedimentos encontra-se a idéia ingênua de que uma língua não passa de uma coleção de etiquetas que são os nomes das coisas e que bastaria memorizá-las, como memorizar também uma boa dose de desagradáveis tabelas de verbos irregulares para passar diretamente à compreensão e produção de textos escritos e orais, ou seja, ao domínio da língua que nossos alunos estão aprendendo.
Sabemos que uma língua é muito mais que léxico, estruturas e uma bonita pronúncia. E o falante de uma língua -como também o aluno que aprende uma língua estrangeira, o aprendiz de falante- é muito mais que um aparelhinho que emite e recebe informações.
Uma língua encerra em sí mesma a história do seu povo, suas tradições, as características culturais de uma comunidade. Assim, o ensino de uma língua estrangeira tem que passar, necessariamente, pelo conhecimento da cultura.
No caso do ensino de línguas tão próximas tipologicamente como o espanhol e o português, existe a sensação de extrema facilidade. Não queremos dizer com isso que o ensino-aprendizagem de espanhol para brasileiros seja uma tarefa monstruosamente difícil, mas entendemos que um professor preparado para essa situação específica é aquele profissional que tem, entre outras qualidades comuns exigidas de um professor, uma consciência lingüística do idioma que está ensinando e da língua materna dos seus alunos, e que, portanto, conhece a estrutura e o funcionamento de ambas as línguas.